Profissionais que administram as redes sociais das empresas conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalho
O cargo de social media ou analista de mídias digitais ou office marketing está cada vez mais presente nos anúncios de vagas de emprego. As atividades deste profissional são recentes no mercado e vão muito além de simplesmente atualizar a página do Facebook das empresas.
Para atuar na área é preciso entender do negócio, saber das metas da organização e pensar estrategicamente. Além disso, o fato de poder trabalhar de qualquer lugar e a qualquer hora pode ser uma vantagem, mas merece cuidado para não atrapalhar a vida pessoal.
A consultora de comunicação e negócios digitais Vanessa Aguiar atua há mais de 10 anos nesta área. Ela afirma que a profissão de analista de mídias digitais foi criada a partir de uma demanda do mercado e por isso ainda é comum haver dúvidas das empresas e dos próprios profissionais na hora de definir as atividades a serem desenvolvidas, além das habilidades exigidas.
— Empresas buscam um profissional para resolver todos os seus problemas. O analista deve ser multidisciplinar porque precisa entender das estratégias da organização, mas não precisa necessariamente saber lidar com o Photoshop (programa de edição de fotos) — explica Vanessa.
Ela acrescenta que o profissional deve saber usar o amplo cardápio digital a favor das marcas. Para a consultora, ter intimidade com a tecnologia e gostar de navegar pelas redes sociais são vistos como diferenciais para atuar no setor. Por isso, para ingressar na área é interessante procurar estágios no segmento ou fazer cursos específicos de curta duração. O esforço vale a pena.
Vanessa ressalta que os salários médios dos analistas de mídias digitais em Florianópolis variam entre R$ 1,5 mil (Junior), R$ 3 mil (Pleno) e R$ 5 mil (Sênior).
— A profissão tem fôlego para crescer muito ainda em Santa Catarina, afinal passou a ser questão de sobrevivência para as empresas.
Foi pensando nisso que Diego Nogueira, de 25 anos, criou a Ideia Diferente, produtora de conteúdo digital, em 2010, quando ainda cursava Comunicação Social com habilitação em Mídia Eletrônica na Faculdades Assesc, em Florianópolis.
O projeto deu certo e hoje ele conta com 17 clientes em sua carteira, sendo que cinco deles o contrataram no último mês. O valor cobrado pelo serviço varia de R$ 500 a R$ 1,5 mil.
— A pessoa precisa vestir a camiseta da empresa e postar nas redes sociais como se fosse dela. Tem de ter paciência para pesquisar e estar atenta, além de feeling rápido para perceber tendências — ressalta Nogueira, que reconhece ter dificuldade para trabalhar apenas no escritório.
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